Eu sou aquilo que você esperava, o que você não imaginava, nada do que fui e tudo do que serei. Sou inconstante porque ser constante é um saco.
Sou o que me é conveniente, minha própria mistura original de loucura e lucidez, reciprocamente mais e menos, e também o inverso.
Permito que não me vejam como realmente sou.
Permito que me julguem e me taxem, com a certeza de que nada disso importa pra mim.
Sou exclusivamente meu e de apenas mais alguns pouquíssimos.
Não nasci pra ser entendido, nem sequer notado.
Meu coração é tão nômade quanto minha vontade de ter o mundo diante de meus olhos, sob ângulos diferentes a cada segundo.
Sou a pressa insana da certeza de que tudo vai dar certo ao seu tempo, sabendo que não existe tempo pra nada.
Fui feito pra passar e ir. Deixar o que for e seguir em frente, levando o que for meu e sem me importar com o que nunca foi ou o que pareceu que era.
Sou (e vejo) tudo que você não vê.
E amanhã, com toda dúvida do mundo, serei completamente diferente, definitivamente indecifrável.
Me olhe num espelho e não me verás.
Meus devaneios me parecem mais verdadeiros do que a idiotice de sempre querer ter certeza. Quem é que sabe?
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