sexta-feira, 26 de março de 2010

Mas antes de tudo acabar perceberemos que as únicas coisas que valeram a pena foram aquelas em que nos sentimos inteiros. Aqueles pedaços de perfeição onde nada dava errado e onde nada era planejado. A natureza essencial desses momentos ficam cravados na memória e fazem qualquer sofrimento valer a pena pela simples vontade de viver alguns segundos de felicidade plena. São essas reuniões inusitadas de amigos, um certo encontro com a pessoa amada, uma reunião de família ou até mesmo irônicos encontros com desconhecidos que acabam se tornando essenciais.

Tais momentos são raros porque temos o sério problema de nos acomodar com as situações e quando isso acontece, começamos a reclamar e encontrar defeitos e problemas em tudo. Desse modo, não haveria felicidade se o seu ápice fosse corriqueiro, comum.

Esses momentos realmente não voltam. São únicos. Na verdade, não se pode achá-los, o que se deve fazer é viver e torcer para que eles xeguem nas horas certas, naquelas que mais precisamos. O Tempo e a Felicidade são caprixosos, como todo o Universo. Precisam de privacidade e silêncio pra tramarem seus melhores encontros. Ficar os olhando e vigiando só os deixa tímidos, só atrapalha.

E, antes de tudo acabar, finalmente perceberemos que cada sofrimento foi só um artifício para exaltar cada pedacinho de felicidade que vivemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário