sábado, 22 de maio de 2010

Adolescência...

Bom, eu só tenho 22 anos, eu sei. Mas perto dessa nova geração eu me sinto velho... ou pelo menos “rabugento”. Por quê??
Oras, muito simples. No meu tempo (expressão de velho... ¬¬” kkk) a gente era criança até no mínimo os 11 anos. Hoje com 9 já se fala em sexo e com 11 já se faz!! E isso sendo otimista. Mais que isso, sem muita vontade de pensar em algo realmente construtivo, a maioria dos adolescentes não entende a diferença entre se divertir e exagerar. Me parece que noções como respeito (ao outro e a si mesmo), responsabilidade e até mesmo educação perderam o sentido. Outras também já “saíram de moda” como sentimentos sinceros, afeto, dedicação e – por que não dizer? – verdade. Ah! Não devemos esquecer que de vez em quando parece também faltar a capacidade de utilizar a massa encefálica (talvez essa seja a causa do restante... hihihi).
Elogios a parte, me parece que a juventude está se preocupando mais em como se destruir do que em ser. Não sou nenhum especialista, mas nos meus seis anos como professor, e vários outros como amigo e observador, notei algumas faltas cruciais para o estado em que chegamos. Coisas que pra mim, graças aos meus pais, nunca faltaram. Poderíamos resumir todas essas faltas em uma única: Família. Essa sociedade primária pra todo ser humano, onde são aprendidos os passos para uma boa convivência, mudou e foi muito deformada nos últimos tempos. Não me refiro à estrutura da família, e muito menos nego a capacidade de parentes que não sejam os pais biológicos de educar (acho até que esses merecem mais reconhecimento que os pais, porque muitos deles ainda têm que lidar com os possíveis traumas causados pela ausência das figuras que deveriam ter sido paternas). O que realmente me incomoda é o descaso que as famílias têm hoje em dia. Pelo menos boa parte delas.
Independente do poder aquisitivo, os responsáveis estão isentando-se cada vez mais da responsabilidade de educar de verdade. Boa parte das crianças demonstra um déficit de atenção e carinho que é externado principalmente nas escolas (e raramente de um jeito bom...). Esse fato transforma-se, mais tarde, em problemas sérios de comportamento e são um prato cheio pra traficantes e outras más influências. Verdade que muito depende dos próprios jovens, mas é essencial a participação dos responsáveis no desenvolvimento sócio-cognitivo das crianças e adolescentes.
Acredito realmente que ninguém é ruim sozinho (ou que alguém é sozinho por que é ruim ou que é ruim por que é sozinho). A presença do outro é crucial para que alguém possa se conhecer e saber escolher os grupos com os quais deseja interagir. Que “outros” seriam melhor que a família para ensinar a base disso tudo?
Mas você que acabou de ler este texto, não ache que é tudo culpa de seus familiares. Você também tem poder de fazer mudanças. Se sua família não te deu essa base, ou se ela precisa de uma mudança (ou se você mesmo precisa dessa mudança), você pode começá-la. Afinal, você também é parte da família.

3 comentários:

  1. Pois então, era exatamente isso que eu queria que o povo enxergasse!

    Muito bom!

    ResponderExcluir
  2. Éh, isso aí, eu acho q eu sou da geração passada! kkk
    Prq meus costumes são bem diferentes desses aborrecentes! kkkk

    Very good!! =) Vc é um gênio!

    ResponderExcluir
  3. Não intindi!!!!hihihih!!
    Adriano,vc tá me ouvindo!!
    Flw!!!

    ResponderExcluir